A Sonda de Foley é um dispositivo médico-hospitalar, estéril, invasivo, utilizado para a realização da cateterização urinária, procedimento muito utilizado na prática clínica da enfermagem. Este procedimento consiste na inserção da sonda através da uretra até a bexiga, com a finalidade de drenar a urina de pacientes com problema de eliminação urinária ou procedimentos cirúrgicos.
Esse dispositivo acelera o diagnóstico e o tratamento de processos patológicos, possuindo a eficácia de aliviar a retenção urinária. Neste caso, quando realizado com sonda de Foley (de demora), o procedimento é conhecido como uma drenagem urinária por meio de sistema fechado, onde a sonda é acoplada a uma bolsa coletora de urina.
A utilização do dispositivo está associada aos riscos de infecção urinária, que é, sem dúvida, o principal fator iatrogênico provocado pelo cateterismo urinário, sendo o tempo de permanência da sonda, o principal fator de risco. Além de ITU, a técnica de cateterização urinária pode levar a outras complicações, como o traumatismo uretral, dor, incrustações e falso trajeto, com riscos aumentados quando não é realizada de forma correta. Os traumas do tecido uretral durante a inserção do cateter aumentam os riscos de infecção.
Embora exista consenso quanto à necessidade de se utilizar material estéril, realizar técnica rigorosamente asséptica e fazer testes iniciais para a verificação da integridade do balão e da válvula, ainda podem ser encontradas divergências na literatura em relação às etapas do procedimento.
Nos casos da utilização de cateterização urinária no pós-operatório, com raras exceções, sua permanência não deveria ultrapassar de 24 a 48 horas, pois estudos mostram que o benefício passa a ser sobrepujado pelo risco de infecção.
É fundamental que os profissionais de enfermagem tenham conhecimento teórico e prático referente ao uso desse dispositivo e a finalidade à qual se destina, observando a anatomia do paciente na escolha do tamanho correto e obedecendo as informações do fabricante quanto ao tempo de permanência entre a troca de um dispositivo e outros. Com estes cuidados, pode-se evitar ou reduzir muito os riscos ao paciente.